Citado pela agência de notícias Dogan, Yildirim declarou que os militares turcos entraram em território sírio às 11:05 horas (08:05 horas em Lisboa) na região de Afrine, controlada pelas Unidades de Proteção Popular (YPG), desde a fronteira com a cidade de Gülbaba, situada na província de Kilis.

De acordo com a agência estatal de notícias Anadolu, os soldados turcos estão a avançar na região de Afrine em companhia de combatentes sírios pró-Ancara.

“A operação ‘Ramo de Oliveira’ está a decorrer como planeado, a ofensiva terrestre começou”, afirmou hoje o exército turco em um comunicado.

Yildirim disse que o objetivo da operação é estabelecer uma “zona de segurança” com 30 quilómetros a partir da fronteira turca.

A Turquia acusa o YPG de ser o braço sírio do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), uma organização considerada “terrorista” de Ancara e os seus aliados ocidentais.

O YPG é também a espinha dorsal das Forças Democráticas da Síria (FDS), uma aliança de combatentes curdos e árabes apoiados pelos Estados Unidos para combater o grupo extremista Estado Islâmico no norte da Síria. O YPG também tem boas relações com os russos.

Por seu lado, o Governo sírio instou hoje a comunidade internacional a travar “de imediato” a ofensiva da Turquia contra a região de Afrine, informou a agência oficial de notícias Sana.

“A Síria pede à comunidade internacional que condene esta agressão turca e adote medidas para detê-la de imediato”, disse uma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio à agência estatal.

A fonte ministerial síria expressou que o Executivo sírio condena “a agressão brutal turca conta a cidade de Afrine, que é uma parte que não se pode separar do território sírio”, insistindo que é um ataque à soberania da Síria e negou que o Governo turco tenha informado de antemão o início desta operação.