“Desde o início de setembro, os nossos soldados já libertaram quase 6.000 km2 de território ucraniano no leste e no sul, e ainda estamos a avançar”, salientou o chefe de Estado ucraniano no habitual vídeo noturno dirigido à nação.
Volodymyr Zelensky agradeceu em particular a três unidades militares, elogiando a sua “bravura” na operação que permitiu recuperar território conquistado pelas forças russas.
Caso sejam consolidados, estes ganhos serão os maiores para a Ucrânia desde a retirada das forças russas dos arredores de Kiev no final de março.
O Exército ucraniano anunciou pela primeira vez uma contraofensiva no sul, antes de fazer um avanço relâmpago na semana passada na região de Kharkiv, na fronteira com a Rússia no nordeste do país, forçando os soldados de Moscovo a recuar para outras posições.
As autoridades ucranianas também têm relatado sucesso na região de Kherson, no sul, ocupada pela Rússia e na fronteira com a Crimeia anexada e nas regiões orientais sob o controlo de separatistas pró-russos desde 2014.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de sete milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que entrou hoje no seu 201.º dia, 5.827 civis mortos e 8.421 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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