
Neste episódio de Explica-me Isto, o convidado é o padre Ricardo Figueiredo, que nos guia pelos bastidores deste ritual centenário. A palavra conclave vem do latim cum clave, que significa “com chave” — uma referência direta ao facto de os cardeais ficarem fechados à chave para garantir que nada nem ninguém influencia a eleição.
Esta prática, explica o Diretor de Comunicação do Patriarcado de Lisboa, começou a ser formalizada no século XIII, após uma longa e turbulenta eleição papal em Viterbo que durou quase três anos. Foi então decidido que, para evitar impasses, os cardeais passariam a ser encerrados até chegarem a uma decisão. Desde então, o isolamento absoluto tornou-se tradição.
Antes da primeira votação, há um momento solene: o mestre de cerimónias pronuncia as palavras “Extra omnes” — “Todos para fora” — e todas as pessoas que não vão participar na eleição abandonam imediatamente a Capela Sistina. Ficam apenas os cardeais eleitores, em completo silêncio e isolamento.
Mas como se escolhe um Papa? O processo é rigoroso. Cada cardeal escreve o nome do seu escolhido num boletim secreto, que dobra e deposita numa urna sobre o altar. São necessárias duas votações de manhã e duas à tarde até alguém conseguir uma maioria qualificada: dois terços dos votos. Até lá, os votos são queimados com substâncias químicas que geram fumo preto.
Quando o número necessário é atingido, dois terços, o fumo torna-se branco — sinal de que há Papa.
O padre Ricardo Figueiredo responde a estas e outras perguntas.
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Há temas que dominam a atualidade, mas nem sempre são fáceis de entender. Em "Explica-me Isto", todas as semanas um convidado ajuda a decifrar um assunto que está a marcar o momento. Política, economia, cultura ou ciência—tudo explicado de forma clara, direta e sem rodeios. Os episódios podem ser acompanhados no Facebook, Instagram e TikTok do SAPO24.
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