"Dizemos que o Hamas está aqui para durar [...] e corresponderá ao movimento e a todas as facções nacionais [palestinianas] decidir sobre a forma de governo em Gaza", declarou Haniyeh num discurso televisionado.
O líder do movimento islamista acrescentou que o futuro das negociações sobre um cessar-fogo é incerto porque Israel "insiste em ocupar a passagem de Rafah e ampliar a agressão" no território palestiniano desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Haniyeh falou no contexto do 76º aniversário da "Nakba", quando cerca de 760 mil palestinianos que viviam no que viria a ser o Estado de Israel foram obrigados a exilar-se e encontraram refúgio nas atuais Cisjordânia e Faixa de Gaza, ou em países vizinhos (Líbano, Síria, Jordânia e Egito).
Entre a votação na ONU que ratificou a criação de um Estado de Israel em novembro de 1947 e a sua proclamação oficial em 14 de maio de 1948, uma guerra civil colocou frente a frente milícias árabes e judias no território palestiniano.
Haniyeh reiterou a posição do movimento em relação às conversas para um cessar-fogo que se encontram bloqueadas.
"Qualquer acordo deve garantir um cessar-fogo permanente, a retirada [das forças israelitas] de todos os setores da Faixa de Gaza, um verdadeiro acordo para a troca de prisioneiros, o retorno das pessoas deslocadas, a reconstrução e o levantamento do assédio" sobre Gaza, acrescentou Haniyeh.
As suas declarações surgem depois do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, assinalar que qualquer discussão sobre quem vai dirigir Gaza após a guerra é pura "conversa vazia" enquanto o movimento Hamas permanecer no território.
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