“Vamos bloquear qualquer novo anúncio político durante a última semana da campanha (eleitoral nos EUA). É importante que as campanhas possam continuar a lançar apelos ao voto, e geralmente acredito que o melhor antídoto para mau discurso é mais discurso, mas nos últimos dias de uma eleição pode não haver tempo para contestar novas alegações”, explicou Zuckerberg numa longa publicação na rede que fundou.

A rede social pretende ampliar também o seu trabalho “com funcionários eleitorais para eliminar a desinformação sobre o voto”.

“Já nos comprometemos numa parceria com as autoridades eleitorais estaduais para identificar e remover alegações falsas sobre condições de voto nas últimas 72 horas da campanha, mas como esta eleição conta com grandes quantidades de votos antecipados, vamos estender esse período que começa agora e continua até termos um resultado final” do sufrágio, explicou.

Segundo o fundador da rede social, estas “eleições não vão ser normais” e todos têm “a responsabilidade de proteger a democracia” norte-americana, o que “significa ajudar pessoas a registarem-se para votar, esclarecer a confusão sobre como a mesma vai funcionar e reduzir a possibilidade de violência e distúrbios”.

As eleições presidenciais dos Estados Unidos ocorrem no dia 03 de novembro, colocando o Presidente republicano, Donald Trump, candidato à reeleição, contra o democrata Joe Biden, estando condicionadas pela pandemia da covid-19, já que os EUA são o país mais afetado do mundo.

As autoridades preveem também um aumento considerável de voto pelo correio, algo que Trump considera que pode levar a irregularidades e prejudicá-lo.

Segundo Zuckerberg, ainda vai ser possível “partilhar informações sobre as eleições, mas vai haver um limite nos ‘chats’ (conversas) para os quais se pode reencaminhar uma mensagem ao mesmo tempo”, algo que já foi implementado “no Whatsapp durante períodos sensíveis” e que descobriram ser “um método efetivo para prevenir a propagação de desinformação em muitos países”.

O presidente executivo do Facebook recordou que em eleições anteriores verificou-se que existiam esforços coordenados ‘online’ por parte de governos e indivíduos estrangeiros para interferir nas eleições norte-americanas e que essa “ameaça não desapareceu”.

Esta semana, o Facebook eliminou uma rede de 13 contas e duas páginas que “tentavam enganar os norte-americanos e amplificar a divisão”.

“Investimos muito nos nossos sistemas de segurança e temos agora alguns dos equipamentos e sistemas mais sofisticados do mundo para prevenir estes ataques”, garantiu.