O governante, que falava hoje durante a cerimónia de apresentação do novo comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-geral Alfredo Eduardo Mingas, e de outros membros dos órgãos centrais do Ministério, apelou à calma, garantindo que “99% dessas informações são completamente falsas”.
“Tem a ver com a falsidade de algumas notícias que envolvem os Serviços de Investigação Criminal [SIC], nomeadamente falsas perspetivas de detenções, falsas audições de entidades com cargos de relevo, tudo isso retomado de pessoas de má fé, que retomam nas redes sociais”, acusou.
Um desses casos é a investigação – já desmentida pelo SIC – ao ministro das Finanças, Archer Mangueira, noticiada por alguma imprensa angolana nos últimos dias, na sequência da detenção de vários quadros daquela tutela, desde outubro, por alegado desvio de fundos públicos.
“E é preciso que órgãos de comunicação social públicos e privados que se prezem tenham alguma cautela no tratamento dessas questões, devem procurar ter informações de fontes seguras e para isso é preciso que nós nos abramos mais”, considerou.
Ângelo de Veiga Tavares, que foi reconduzido no cargo de ministro do Interior, em setembro, pelo novo Presidente angolano, João Lourenço, apelou à calma e tranquilidade da população, argumentando que “não está a prazo” no cargo, conforme dão conta rumores que circulam há vários dias em Luanda.
“Ao ministro do Interior não foram dados dias nenhuns. O ministro do Interior entrou há dias e pode sair a qualquer momento, hoje ou amanhã, não foram dados dias e vão se espalhando essas notícias, algumas das quais facilmente conseguem identificar-se a sua origem”, observou.
Informações que, de acordo com o governante, têm como origem uma “campanha bastante ativa protagonizada por pessoas que tencionam criar alguma desestabilização” na sociedade.
Por isso, Ângelo da Veiga Tavares lamenta a forma pouco ética como alguns órgãos de comunicação divulgam tais informações e que entretanto já emitiram pedidos públicos de desculpa.
Na ocasião, o governante garantiu também reforçar a capacidade técnica do SIC, no sentido de “ajudar a detetar aqueles que mancham o bom nome de outrem que inclusive cometem algumas ações criminosas por via das redes sociais”.
“É preciso termos algumas cautelas, em não repassar essas notícias que não são verdadeiras, com isso estamos a manchar a imagem e bom nome de outrem”, alertou, exortando “tranquilidade e serenidade” no seio da corporação e da população.
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