Num comunicado enviado às redações, a comissão executiva da FNAM lembrou a “necessidade urgente de reforço dos recursos do SNS” e disse ser “incompreensível” que o Ministério da Saúde não tenha avançado com medidas ou respostas às propostas da entidade sobre a recuperação da atividade assistencial e a valorização dos profissionais, condenando “a total ausência de medidas de planeamento e prevenção”.
“O Governo é o único responsável pelas consequências que o agravamento da situação pandémica no país venha a ter sobre o SNS e a vida dos cidadãos”, pode ler-se na nota divulgada, na qual a FNAM revela ainda que as “equipas de saúde pública, médicos de família, médicos hospitalares ou intensivistas não só não foram reforçados, como em muitos locais estas equipas contam com menos elementos” face ao período entre janeiro e março de 2021.
Reconhecendo que o aumento da incidência de covid-19 não deverá agora ter um reflexo tão visível na mortalidade, a FNAM alertou, porém, para o impacto na atividade não-covid e para a exaustão dos profissionais de saúde após mais de um ano de combate à pandemia.
“Desde o início do ano que se aguarda um verdadeiro reforço do SNS, nomeadamente com a abertura urgente de concursos: não foi ainda aberto o concurso extraordinário para colocação de médicos que não tiveram acesso à especialidade, nem o concurso para colocação de recém-especialistas, e vários médicos contratados no contexto da pandemia não permaneceram no SNS e/ou não sabem se terão essa possibilidade”, refere ainda o comunicado.
A plataforma sindical apela à urgência na adoção de medidas com vista à fixação dos médicos no SNS e a defesa do setor público de saúde como “o pilar indispensável do combate à pandemia” de covid-19.
Em Portugal, morreram 17.061 pessoas dos 862.926 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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