Aludindo às declarações de António Costa, em que o primeiro-ministro manifestou esperança de que a greve dos professores agendada para o dia 21 não se realize, o sindicalista garantiu que desde 6 de junho "não estão a decorrer reuniões com o ministério da Educação, nem estão previstas formal ou informalmente".

Mário Nogueira falava no âmbito da recolha de assinaturas promovida pela AFOMOS - Associação de Formadores e Monitores Surdos de Língua Gestual com a colaboração da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e que decorrerá até 14 de junho em várias cidades.

"Queremos dizer que se a afirmação do senhor primeiro-ministro foi um sinal de disponibilidade para negociar e isso possa levar a uma plataforma mínima de consenso, nós estamos disponíveis para o fazer", frisou.

Sem mencionar as críticas de que tem sido alvo pela data escolhida para a paralisação, o dirigente da Fenprof explicou que 21 de junho "era, dentro dos prazos legais a primeira data possível para marcar a greve".

"Se não houvesse um feriado esta semana no dia 15 poderia ter sido marcada para o dia 20, data em que não há exames, pelo que depois só daria nos dias 21, 22 e 23, em que há exames mas em que depois acabam as aulas", recordou.