“Continuarão em precariedade mais de 22 mil docentes com três ou mais anos de serviço, acima de 10 mil contratados com mais de 10 anos, 4 mil com mais de 15 e, até, 1500 que mantêm vínculos precários há mais de 20 anos”, escreve a estrutura sindical em comunicado.
A Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE) publicou hoje as listas definitivas do concurso externo ordinário, que vinculou 872 professores entre os quase 37 mil que concorreram este ano.
À semelhança do ano passado, também este ano a tutela voltou a aumentar o número de vagas levadas a concurso, integrando nos quadros no Ministério da Educação mais 330 professores em relação a 2019, deixando, ainda assim, de fora cerca de 36 mil docentes que se mantêm para concurso de contratação inicial e para as reservas de recrutamento.
“É um número absolutamente insuficiente face às reais necessidades das escolas e para combater o sistémico abuso no recurso à contratação a termo”, acusa a Fenprof, acrescentando em 2019 e no primeiro semestre de 2020 se aposentaram cerca de 2010 docentes.
Por outro lado, os representantes dos professores alertam que as vagas agora preenchidas ficam também muito aquém do número de docentes colocados no início do ano letivo 2019/2020.
“Em 16 de agosto de 2019, para o ano escolar que está a terminar, foram colocados 8670 docentes, através dos mecanismos de renovação de contrato e de contratação inicial, o que significa que as vagas agora postas a concurso são, apenas, 9% daquelas necessidades”, explicam.
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