Ferro Rodrigues teve idêntico gesto de cortesia quando, no passado dia 28 de fevereiro, recebeu o ex-presidente do PSD e ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, também por ocasião do seu último dia no parlamento.
No último congresso do PSD, Luís Montenegro surpreendeu quase todos ao anunciar que deixaria o parlamento em 05 de abril - data simbólica escolhida por nesse dia passarem precisamente 16 anos desde que tomou posse pela primeira vez como deputado, em 2002, durante a maioria PSD/CDS-PP liderada por Durão Barroso.
"Eu, neste momento, despedir-me-ei do parlamento como se lá não fosse voltar porque essa possibilidade existe (?) Nestes 16 anos, não houve sítio nenhum onde tivesse passado mais tempo do que no Palácio de São Bento", declarou o ex-líder parlamentar do PSD, em entrevista à agência Lusa na véspera de deixar o seu lugar de deputado na Assembleia da República.
Para assinalar a data foi também organizado um jantar para hoje à noite em Lisboa que conta já com mais de 140 confirmações, entre deputados do PSD da atual e anteriores legislaturas e colaboradores do Grupo Parlamentar social-democrata que trabalharam com Montenegro nos últimos 16 anos.
Sempre eleito por Aveiro (a sua posição na lista foi variando até chegar a número um em 2015), a primeira intervenção de que guarda memória foi sobre o encerramento da empresa C&J Clarks em Castelo de Paiva, que mereceu pedidos de esclarecimento de Francisco Louçã, pelo Bloco de Esquerda, e de Vítor Ramalho, pelo PS.
Se dos líderes parlamentares a que pertenceu à direção (Pedro Santana Lopes e Miguel Macedo) prefere não destacar nenhum, Montenegro aponta Luís Marques Guedes como o presidente de bancada que acompanhou praticamente todo o seu percurso na Assembleia da República e a quem descreve como "parlamentar de mão cheia".
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