“Se Portugal é hoje um exemplo raro de estabilidade política e coesão nacional, no respeito pelos compromissos europeus, isso deve-se ao esforço de muitas pessoas e de muitas instituições, à cabeça das quais devemos colocar o atual Presidente da República”, lê-se na mensagem a Marcelo, divulgada pelo gabinete do presidente do parlamento, que destaca “o ano intenso de acontecimentos em Portugal e no Mundo”.

Ferro Rodrigues destacou que “não lhe compete apoiar candidatos presidenciais”, dado que a sua missão é “garantir a melhor cooperação institucional possível com o cidadão que os portugueses decidem eleger”, mas fez um elogio ao Presidente.

“Um ano depois, não hesito em reconhecer que a excelente cooperação institucional estabelecida entre Presidente da República e Assembleia da República tem sido acompanhada por excelentes relações pessoais, sempre importantes para a facilitação da cultura de diálogo estratégico que os portugueses esperam dos órgãos de soberania”, escreveu.

A 25 de novembro de 2016, Marcelo Rebelo de Sousa condecorou Ferro Rodrigues com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito para Presidente da República a 24 de janeiro de 2016, à primeira volta, com 52% dos votos, e tomou posse a 09 de março.

Enfrentando um quadro de bipolarização resultante das legislativas, o antigo presidente do PSD defendeu, desde o início do mandato enquanto PR, que o Governo minoritário do PS, suportado por acordos à esquerda no parlamento, deve cumprir o seu mandato e tem sido, no essencial, convergente com o executivo chefiado por António Costa.

A sua relação com o PSD liderado por Pedro Passos Coelho tem registado, por isso, alguma tensão. Demarcou-se da ideia de que faltava legitimidade ao atual Governo e do discurso negativo da oposição sobre a trajetória das contas públicas, embora com reparos sobre a necessidade de captação de investimento e de crescimento económico.

Apesar de vir da mesma área política, Marcelo Rebelo de Sousa distinguiu-se do seu antecessor, Aníbal Cavaco Silva, no contacto próximo e informal com os cidadãos e na agenda intensa e presença mediática constante.