A declaração dá temporariamente à polícia e aos militares poderes extraordinários, depois de ter sido decretado na segunda-feira o encerramento de negócios e atividades públicas não essenciais, como escolas, restaurantes e eventos desportivos.
Supermercados, farmácias e centros de saúde vão continuar abertos no país, que regista agora 205 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2.
Além do estado de emergência, a primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Ardern, anunciou que os cidadãos de regresso ao país que mostrem sintomas da covid-19 ficarão em isolamento em instalações designadas pelas autoridades.
“Hoje tenho uma única e simples mensagem para os neozelandeses, à medida que se aproximam as próximas quatro semanas: fiquem em casa”, declarou.
Ficar em casa “vai quebrar a cadeia de transmissão e salvar vidas”, salientou Ardern, que na semana passada tinha anunciado a proibição de entrada no país de turistas estrangeiros.
Na segunda-feira, a primeira-ministra tinha afirmado, em conferência de imprensa, que sem estas medidas o número de infetados duplicará a cada cinco dias, os serviços de saúde serão inundados de pacientes e “dezenas de milhares de neozelandeses morrerão”.
As exceções ao isolamento obrigatório são funcionários de serviços essenciais, pessoas que vão comprar alimentos e que façam exercício solitário.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos.
Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.696 mortos em 39.673 infeções, o Irão, com 1.934 mortes num total de 24.811 casos, a França, com 1.100 mortes (22.300 casos), e os Estados Unidos, com cerca de 600 mortes (mais de 50.000 casos).
O continente africano registou 58 mortes devido ao novo coronavírus, aproximando-se dos 2.000 casos em 45 países e territórios, segundo as estatísticas mais recentes.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
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