“Mantenho o que disse na noite da eleição: estou aberto a entregar pelouros a qualquer vereador da oposição”, referiu o autarca aos jornalistas, no final da primeira sessão de Câmara do novo mandato, em que foram aprovadas, por unanimidade, a distribuição de funções pelos eleitos do movimento “Figueira à Primeira”.
O movimento "Figueira a Primeira", de Pedro Santana Lopes, venceu as eleições autárquicas de 26 de setembro na Figueira da Foz (distrito de Coimbra).
A lista vencedora obteve 40,39% dos votos e quatro mandatos. Em segundo lugar ficou o PS, com 38,39% dos votos e também quatro mandatos. O PSD ficou em terceiro lugar, com 10,83% e um mandato, e a CDU 2,68% e sem mandatos.
Santa Lopes adiantou que já foram efetuados contactos com o único vereador do PSD e com o antigo presidente da Câmara, agora líder da bancada do PS, que, em declarações aos jornalistas disse não ter sido contactado formalmente nesse sentido e que não está “politicamente disponível” para aceitar pelouros.
Para Carlos Monteiro, que vai retomar a sua atividade profissional de docente, o PS “não vai obstacularizar a atual governação e terá sempre uma posição construtiva” em prol do desenvolvimento da Figueira da Foz“.
O ex-presidente da Câmara, que esteve no cargo cerca de dois anos e meio, após a saída de João Ataíde para o Governo, considera que quem ganha deve governar”.
O vereador do PSD, Ricardo Silva, não quis prestar declarações aos jornalistas.
De acordo com a deliberação de hoje, o presidente da Câmara da Figueira da Foz vai assumir os pelouros do planeamento, ordenamento do território, urbanismo, projetos e obras estruturantes, ambiente, cultura, desporto, juventude, turismo e desenvolvimento económico, proteção civil e bombeiros, serviços de tecnologias de informação e comunicação e assuntos jurídicos e contencioso.
Além do presidente Santana Lopes, o município vai funcionar com mais três vereadores a tempo inteiro – Anabela Tabaçó, Olga Brás e Manuel Domingues, não tendo, para já, definido quem fica na vice-presidência.
“Não está previsto neste momento pensar nisso. Quero deixar andar os acontecimentos”, disse o autarca aos jornalistas, salientando que “não faz parte” das suas prioridades.
As reuniões do município da Figueira da Foz vão decorrer às primeiras e terceiras quartas-feiras de cada mês, a partir das 10:30, aberta à participação do público na última sessão de cada mês.
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