"O CDS tem de mudar de vida a nível nacional. Nós, ao longo dos últimos anos, cometemos alguns erros, é preciso reconhecer esses erros e, sobretudo, é preciso perceber que a mensagem e o posicionamento do CDS têm de ser um posicionamento claro", disse o candidato à presidência do partido na apresentação da sua moção de estratégia global "Juntos pelo Futuro".

Defendendo uma mudança na organização interna do partido, Filipe Lobo d'Ávila afirmou querer sobretudo passar a mensagem aos militantes do CDS na Madeira de que "este" é um momento "crítico" para o partido.

"A mensagem que eu quero sobretudo passar é que este é o momento de tentar recuperar a credibilidade do partido. Todos somos necessários e todos devem escolher livremente as pessoas que personalizam candidaturas neste congresso. É uma escolha que, depois, será responsável pelo que virá a acontecer no CDS. O momento é um momento critico e nós, todos, somos poucos para reerguer o partido", acrescentou.

Filipe Lobo d'Ávila revelou ainda que a sua moção defende as autonomias políticas regionais da Madeira e dos Açores, reconhecendo as "enormes vantagens”, sobretudo a partir da revisão constitucional de 2004.

"A minha moção reconhece de forma clara aquilo que é a enorme vantagem das autonomias, os avanços que as autonomias permitiram ao longo das últimas décadas, sobretudo a partir da revisão constitucional de 2004", observou, realçando que o Governo da República "tem de ser mais solidário, Portugal tem de ser mais solidário com as regiões e, em particular, face à situação de insularidade da Madeira e dos Açores".

O 28.º congresso nacional do CDS-PP, em 25 e 26 de janeiro, em Aveiro, vai discutir 12 moções de estratégia global e mais 11 setoriais.

Além dos cinco candidatos à liderança (Abel Matos Santos, João Almeida, Filipe Lobo d'Ávila, Francisco Rodrigues dos Santos e Carlos Meira), há mais sete moções de estratégia global, segundo divulgou o "site" do CDS dedicado ao 28.º congresso, seis dias depois de ter terminado o prazo para a entrega de moções.