Entre agosto e outubro, aquela empresa, sediada em Figueiró dos Vinhos, no distrito de Leiria, adquiriu 225 hectares de terrenos, numa operação de cerca de 500 mil euros, em zona do Parque Natural da Serra de São Mamede, disse à agência Lusa Rui Gonçalves, que cessa funções na segunda-feira, após ter sido demitido pelo Governo.

Estas são as primeiras aquisições de terrenos por parte daquela empresa que gere o património florestal do Estado, desde a sua criação em 2018, na sequência dos grandes incêndios de 2017.

A 25 de outubro, realizaram-se as escrituras públicas de aquisição de prédios rústicos, num total de 160 hectares, situados nos concelhos de Marvão e Portalegre.

Todos os terrenos estão inseridos no parque natural, sendo que uma parte da área adquirida está em zona de proteção total.

Estes terrenos juntam-se a outros já adquiridos em agosto também naquele território, esclareceu.

“Alguns dos terrenos estão isolados, em lotes entre dez e 20 hectares, mas conseguimos fazer uma operação de emparcelamento de outros, com cerca de 150 hectares contíguos”, realçou Rui Gonçalves.

A Florestgal irá agora proceder a “uma caracterização da situação atual, que plantações e habitats existem e, em função desse diagnóstico, é avançar com operações de renaturalização”, avançou.

“Um dos objetivos primordiais é recuperar as áreas das galerias ripícolas, noutras áreas tentar recuperar as matas com espécies de matas mediterrânicas e, onde houver aptidão florestal, mas com solos muito degradados, iremos pôr pinhal para recuperar os solos e depois plantar espécies mais diferenciadas”, salientou.

De acordo com Rui Gonçalves, estes foram “os primeiros passos” dados no sentido da estratégia da Florestgal de adquirir terrenos privados em zonas protegidas.

Até ao final do ano, o responsável acredita que a Florestgal deverá ter cerca de 500 hectares adquiridos, decorrendo negociações com proprietários em zonas como a Serra da Malcata, Tejo Internacional ou Douro Internacional.

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