O mais devastador foi o que deflagrou na terça-feira na periferia de Atenas, no Monte Penteli, apenas 20 quilómetros a nordeste do centro da capital, que queimou dezenas de casas e obrigou a Proteção Civil a realizar evacuações das zonas, afetando 90 mil pessoas.
Entre os feridos, mais de 30 pessoas foram internadas em hospitais de Atenas com problemas respiratórios e ferimentos leves.
De acordo com o Observatório Nacional de Atenas, arderam 2.035 hectares de floresta.
No município de Drafi, o mais prejudicado pelas chamas, 10 casas ficaram reduzidas a cinzas, de acordo com as declarações à comunicação social do presidente da Câmara, Evangelos Burnus.
Em Dioni, pelo menos outras três casas também arderam e em Palini, foram identificados 10 edifícios arrasados pelo fogo.
O primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, salientou que “não se pode descartar a possibilidade de fogo posto”, já que irromperam em simultâneo várias frentes.
Pouco depois dos bombeiros terem dominado o incêndio em Penteli na quarta-feira, deflagrou uma outra ignição a oeste da capital, na zona de Mégara, que obrigou a evacuar duas aldeias.
De acordo com a imprensa local, pelo menos duas casas foram completamente queimadas, enquanto milhares de hectares de floresta ficaram arrasados numa área que já tinha sido devastada pelas chamas no verão passado, durante os grandes incêndios que assolaram a Grécia.
De seguida, deflagraria outro fogo florestal na ilha de Salamina, a uma milha náutica a sul do Pireu.
Este incêndio, que segundo o presidente da Câmara da ilha, Yorgos Panagopoulos, poderá ter sido também intencional, acabou por ser controlado em poucas horas.
Apesar do Governo conservador ter descrito a gestão da emergência como “bem-sucedida”, a falta de recursos humanos entre os bombeiros continua a ser um problema no país, com cerca de duas mil vagas por preencher.
Muitas das equipas que estavam em Penteli tiveram de se deslocar imediatamente a seguir para Mégara e Salamina, obrigadas a combater as chamas durante até 20 horas consecutivas.
Segundo o Observatório Nacional de Atenas, a partir de sexta-feira a temperatura começará a subir, atingindo até 40 graus Celsius, e o calor permanecerá pelo menos durante uma semana.
Várias zonas da Europa ocidental estão a ser afetadas por uma onda de calor, que tem estado a causar incêndios florestais em Portugal, França e Espanha, entre outros países.
Segundo os meteorologistas, o aumento deste fenómeno é consequência direta do aquecimento global, com as emissões de gases de efeito de estufa aumentarem a intensidade, duração e frequência dos fogos.
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