“Pensamos que temos dinheiro suficiente para operar pelo menos até ao fim do terceiro trimestre” mesmo sem uma recuperação na produção de viaturas ou medidas económicas suplementares, afirmou Tim Stone, diretor financeiro do construtor automóvel, citado em comunicado.

O construtor automóvel tinha em tesouraria 30 mil milhões de dólares no dia 9 de abril, mais de metade proveniente de duas linhas de crédito de emergência.

A Ford suspendeu em março a recompra de ações e o pagamento de dividendos de 600 milhões de dólares no primeiro trimestre.

Para reduzir as despesas operacionais, a empresa adiou parte da remuneração dos executivos e incentivou os funcionários norte-americanos a solicitarem os benefícios prometidos pelo governo federal aos trabalhadores afetados pela pandemia.

A produção poderá ser retomada ainda durante este segundo trimestre, mas esse processo será feito por etapas.

“Todas as decisões sobre o recomeço serão tomadas em colaboração com os sindicatos locais, os fornecedores, os concessionários e os acionistas”, previu a Ford, que atualmente só está a produzir numa empresa em que participa na China.

Entretanto o grupo confirmou que os resultados relativos ao primeiro trimestre devem ser maus, com uma queda esperada das vendas globais de 21% em relação ao mesmo período do ano passado, devido aos efeitos da pandemia na procura e na produção.

O volume de negócios também deverá recuar cerca de 9% em relação ao período homólogo de 2019.

Estas informações da Ford pretendem tranquilizar os mercados, que temem uma série de falências nos Estados Unidos, após o encerramento abrupto da atividade económica em março para conter a propagação da covid-19.