1. As empresas Ford e GM sabiam há mais de 50 anos que emissões de automóveis contribuem para o aquecimento global
De acordo com uma investigação da E&E News, foi revelado que tanto a empresa automobilística Ford como a General Motors (GM) tinham conhecimento do impacto que as emissões automóveis causam na atmosfera, desde o início dos anos 60.
Apesar disso, durante anos ambas as empresas “minaram as tentativas globais em reduzir as emissões, ao mesmo tempo que paralisaram esforços dos EUA em tornar os veículos menos poluentes”, refere o jornalista Maxine Joselow na reportagem.
Ao invés de mudarem os seus modelos de negócios de combustíveis fósseis, as empresas apostaram nas carrinhas a gás e nos SUVs. Apenas em 1996 é que a GM produziu o seu primeiro veículo elétrico comercial, o EV1. Já a Ford foi em 1998.
Mais ainda, ambas doaram privadamente centenas de milhares de dólares a grupos que começaram rumores e notícias falsas que causavam dúvidas sobre o consenso científico quanto ao aquecimento global.
Para ler na íntegra em E&E News
2. Governo de Trump escondeu dezenas de estudos sobre a energia renovável
A Grist, em parceria com a InvestigateWest, descobriu que, sob a administração de Trump, o Departamento de Energia omitiu mais de 40 relatórios sobre estudos relativos aos benefícios das energias renováveis.
“O departamento substituiu [os relatórios] por meras apresentações, enterrou-os em revistas científicas que não são acessíveis ao público, ou os deixou paralisados dentro da agência”, de acordo com e-mails, documentos e mais de uma dezena de entrevistas com atuais e ex-funcionários do Departamento de Energia, refere o jornalista Peter Fairley.
Para ler na íntegra em Grist
3. Milhões de hectares de locais protegidos americanos foram leiloados pela administração de Trump para exploração de petróleo
Durante os quatro anos de Trump, locais protegidos, como monumentos nacionais e refúgios de vida selvagem, foram abertos para perfuração, conta o The Guardian, causando impactos negativos na biodiversidade do país. O governo leiloou 5.4 milhões de hectares de terras públicas a empresas de petróleo e gás, uma área do tamanho de New Jersey. É o caso de Bears Ears, um local protegido que, depois de Donald Trump ter assumido o cargo em 2017, viu o seu tamanho reduzido em 85%, leiloada para exploração de petróleo.
Caso Trump volte a ganhar o mandato, esta prática pode aumentar, uma vez que um total de 50 milhões de hectares estão a ser disponibilizados para perfuradores em planos propostos para terras públicas. Estas novas perfurações “podem resultar no equivalente a 4.1 mil milhões de toneladas métricas de emissões de dióxido de carbono, aquecendo o planeta tanto quanto o que 1051 centrais elétricas a carvão queimam durante um ano”, explica o artigo.
Para ler na íntegra no The Guardian
4. Japão promete ser neutro em carbono até 2050
O Primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga prometeu nesta quarta-feira que o país irá alcançar a neutralidade carbónica até 2050, estabelecendo uma nova meta face aos 80% do governo anterior. O caminho pode ser complicado, uma vez que o país está ainda bastante dependente do carvão.
Yoshihide Suga, eleito primeiro-ministro no mês passado expôs as prioridades do seu Governo no seu primeiro discurso político nas duas câmaras representativas, onde referiu que abandonar os combustíveis fósseis é um pilar da estratégia de crescimento do país.
Para ler em The Asahi Shimbum
Por cá: Portugal entre os 20 países com melhor sustentabilidade energética
Portugal deu um salto de 10 posições no ranking mundial World Energy Trilemma Index 2020, passando a integrar o top 20 dos países mais sustentáveis no setor da energia. O país está agora no 19º lugar o que, de acordo com o relatório anual, reflete o compromisso do país em atingir 100% de energia renovável e neutralidade carbónica em 2050.
O relatório do Conselho Mundial de Energia classifica 130 países no que toca aos últimos progressos na elaboração de políticas e no desempenho no alcance da sustentabilidade energética, através de três categorias que formam um índice: segurança energética, equidade energética e sustentabilidade ambiental.
Quanto à segurança energética, esta diz respeito à capacidade de uma nação de satisfazer a procura de energia atual e futura. Das três, esta foi a pontuação mais baixa que Portugal teve, com 63,7 pontos percentuais, ficando na 33ª posição. Já a equidade energética - capacidade de garantir o acesso a uma energia economicamente acessível e segura, um fator-chave da prosperidade económica - foi aqui que o país conseguiu alcançar a sua classificação máxima, com uma pontuação de 92,2. Por fim, no que diz respeito à sustentabilidade ambiental, ou seja, a transição para um sistema energético descarbonizado, Portugal posicionou-se no 22º lugar, com 78,1 pontos.
O top 10 mantém-se ocupado por países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE): Suíça, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Áustria, França, Reino Unido, Canadá, Alemanha, Noruega, Estados Unidos e Nova Zelândia.
A edição deste ano revelou que o desempenho dos países quanto à sustentabilidade energética tem vindo a melhorar desde 2015, sendo que os três países que mais melhoraram foram o Camboja, o Myanmar e o Quénia.
Edição e seleção por Larissa Silva
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