“Está claro para nós que o Irão é responsável por este ataque. Não existe outra explicação possível”, referem Emmanuel Macron, Angela Merkel e Boris Johnson, num comunicado conjunto, após uma reunião à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.
O Governo iraniano criticou hoje Boris Johnson, após o primeiro-ministro britânico ter revelado no domingo que o Reino Unido considera o Irão responsável pelos ataques à indústria petrolífera da Arábia Saudita.
A agência noticiosa iraniana ISNA informou que o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Abbas Mousavi, criticou os “infrutíferos esforços contra a República islâmica do Irão” e considerou que o Governo britânico “deveria terminar a venda de armas letais à Arábia Saudita”, envolvida no conflito do Iémen desde 2015.
No domingo, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, acusou o Irão de ser, muito provavelmente, responsável pelos ataques às duas instalações petrolíferas na Arábia Saudita.
“Posso dizer que o Reino Unido atribui ao Irão, com muito alto grau de probabilidade, os ataques à Aramco (a gigante petrolífera saudita)” de 14 de setembro, disse o líder conservador a bordo de um avião a caminho de Nova Iorque.
Os rebeldes Houthis reivindicaram os ataques de 14 drones e mísseis na Arábia Saudita, que resultaram na redução da produção de petróleo no reino em 5,7 milhões de barris por dia, ou seja, 6% da produção mundial.
A Arábia Saudita também acusou o Irão, mas Teerão continua a negar qualquer responsabilidade.
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