Em comunicado, o ministério explica que a maioria desses surtos se localiza na região de Landes, a sudoeste e tradicionalmente ligada à produção de ‘foie gras’, uma iguaria típica francesa, feita com fígado de pato e ganso.
O último balanço, de terça-feira, 29 de dezembro, dava conta da existência de 21 casos de contaminação pela gripe das aves em todo o país, mas esse número subiu hoje para 61 focos.
O governo francês decidiu ainda alargar o perímetro territorial que permite às autoridades locais procederem ao abate de animais, incluindo os que são saudáveis, para prevenir a propagação da doença, embora a medida seja criticada pelos sindicatos dos produtores por considerarem ineficaz do ponto de vista sanitário e “moralmente inaceitável”.
Os primeiros surtos de gripe das aves em França foram registados em novembro na Córsega e na região de Paris.
Segundo as autoridades francesas, tinha sido detetada “a presença do vírus H5N8, idêntico ao detetado em Haute-Corse, que não é transmissível aos seres humanos”.
A doença não é considerada perigosa para os seres humanos e o consumo de aves de capoeira e ovos não é desaconselhado.
Na sequência de surtos na Rússia e no Cazaquistão, este verão, a epizootia, que não é perigosa para os seres humanos, espalhou-se recentemente pela Europa Ocidental, onde os níveis de alerta aumentaram.
Os Países Baixos, Irlanda, Reino Unido, Dinamarca e Bélgica foram particularmente afetados pelo vírus, disseminado por aves migratórias.
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