Numa breve mensagem na sua conta X, Macron reagiu ao plano anunciado na sexta-feira pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, baseado numa iniciativa israelita, afirmando que a França “apoia a proposta dos Estados Unidos para um acordo global”.

Macron acrescentou que está a trabalhar “com os parceiros na região pela paz e segurança para todos”, numa alusão aos contactos com os mediadores do Qatar e do Egito.

Noutra reação, o primeiro-ministro britânico pediu hoje ao Hamas que “aproveite esta oportunidade” para alcançar a paz na Faixa de Gaza.

Em declarações à imprensa no nordeste de Inglaterra, Sunak disse que o plano é uma “notícia muito bem-vinda” e espera que o Hamas “aproveite esta oportunidade para concluir o acordo que está sobre a mesa, que garantirá que os reféns possam ser libertados e regressar às suas famílias”, além de prever o aumento da ajuda humanitária no enclave palestiniano.

A pausa nos combates deverá transformar-se numa “paz sustentável e duradoura, que é o que todos queremos ver”, acrescentou o chefe do Governo conservador, que continua a campanha para as eleições gerais britânicas de 4 de julho.

Anteriormente, o chefe da diplomacia britânica, David Cameron, também apelou ao Hamas para “aproveitar o momento” e aceitar a proposta de acordo.

O Presidente dos Estados Unidos indicou que a primeira fase do acordo duraria seis semanas e incluiria um “cessar-fogo total e completo”, a retirada das forças israelitas de todas as áreas povoadas da Faixa de Gaza e a libertação de vários reféns em posse do Hamas, incluindo mulheres, idosos e os feridos, em troca de centenas de prisioneiros palestinianos.

Os reféns norte-americanos seriam libertados nesta fase e os restos mortais dos que foram mortos devolvidos às suas famílias. A assistência humanitária seria aumentada, com 600 camiões autorizados a entrar no enclave palestiniano todos os dias.

A segunda fase incluiria a libertação de todos os reféns vivos restantes, incluindo soldados do sexo masculino, e as forças israelitas abandonariam as suas posições em todo o território da Faixa de Gaza.

“Enquanto o Hamas cumprir os seus compromissos, o cessar-fogo temporário tornar-se-ia, nos termos da proposta israelita, ‘na cessação permanente das hostilidades'”, observou Biden.

Por fim, a terceira fase exige o início de uma grande reconstrução da Faixa de Gaza, que enfrenta décadas de trabalhos devido à devastação causada pela guerra.

Israel insistiu hoje que as condições para um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza incluem a destruição do Hamas e a libertação de todos os reféns detidos, segundo um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelita.

O Hamas disse por seu lado encarar positivamente a proposta e está disposto a lidar “de forma construtiva” com qualquer plano que inclua como requisitos “um cessar-fogo definitivo, a retirada das forças israelitas da Faixa de Gaza, a reconstrução de Gaza e a troca de prisioneiros”.

Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza após um ataque mortífero do Hamas em 7 de outubro, no qual militantes palestinianos invadiram o sul do território israelita, mataram quase 1.200 pessoas, na maioria civis, e levaram cerca de 250 como reféns.

A operação israelita em grande escala de retaliação no enclave palestiniano já matou mais de 36 mil pessoas, na maioria também civis, de acordo com o governo local do Hamas, e deixou o território numa grave crise humanitária.