Após um encontro a sós com o líder da Igreja Católica, que termina hoje uma viagem apostólica a Fátima, António Costa contou aos jornalistas que levou "uma palavra de respeito, de gratidão" pela visita, mas também "a vontade de Portugal, enquanto Estado em colaborar na promoção daqueles valores que têm sido causas importantes" para Francisco, "designadamente a proteção dos seres humanos que estão numa situação mais frágil".
"O apoio que temos dado aos refugiados, a grande preocupação que o Santo Padre tem revelado relativamente à necessidade de desenvolvimento do continente africano e as responsabilidades que Portugal tem nessa matéria, a colaboração para a paz em todo o mundo e a construção quer ao nível das Nações Unidas, quer ao nível sobretudo da União Europeia, de novas uniões de valores para defesa da dignidade da pessoa humana", relatou António Costa sobre os temas falados no encontro.
Uma família de refugiados do Iraque, que se encontra a viver na região conheceu o papa Francisco após o encontro, salientou António Costa.
"É um tema que o santo padre tem manifestado grande, grande preocupação e em que Portugal tem procurado responder o melhor possível às suas responsabilidades, às responsabilidades que todos nós temos de assegurar proteção internacional a quem foge da guerra, da violação dos direitos humanos, da falta de liberdade, de todas as formas de perseguição", afirmou.
O primeiro-ministro referiu que, apesar o "caráter eminentemente apostólico" da visita que o papa quis fazer "enquanto peregrino a Fátima", centrando exclusivamente a visita nesse local, "outras ocasiões não faltarão para que o Santo Padre possa estar com os portugueses noutros locais".
António Costa relatou que Francisco lhe transmitiu que "estava muito satisfeito com a visita, que estava tudo a correr bem".
O chefe do executivo disse que o encontro com o líder da Igreja Católica foi para si, "obviamente um momento muito emocionante", considerando Francisco "uma personalidade tão inspiradora para o mundo em que hoje vivemos, seguramente para os crentes, mas também para todos aqueles que acreditam nos valores fundamentais da humanidade".
"Tenho acompanhado este pontificado, as encíclicas que têm sido proferidas, e penso que ninguém tem ficado insensível à forma como sua santidade tem exercido o seu pontificado e a forma muito importante como tem procurado fazer-nos recentrar a nossa atenção em valores que são fundamentais e que, no fundo, são valores comuns a toda a humanidade, independentemente das suas crenças", declarou.
[Notícia atualizada às 10h55]
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