Em declarações à agência Lusa, a diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, Margarida Castro Martins, adiantou, cerca das 17:20, que as freguesias mais afetadas foram as de Alvalade e de Alcântara, com 18 e 12 ocorrências, respetivamente, durante aquelas duas horas.

Por tipologia, acrescentou, o vento e a chuva fortes provocaram, sobretudo, inundações em espaços públicos e privados, "inúmeras arvores caídas" e "muitas viaturas danificadas".

O teto do armazém do Banco Alimentar Contra a Fome, na Avenida de Ceuta, em Alcântara, também ficou danificado, tendo parte da cobertura voado para a linha de comboio, indicou.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a zona de Alcântara foi afetada por “um tornado de fraca intensidade”.

Patrícia Marques, meteorologista de serviço, explicou à Lusa ter-se tratado de “uma supercélula, que passou com bastante atividade e fez um movimento rotacional que terá resultado na imagem semelhante a um funil”.

O “fenómeno de vento extremo” foi detetado pelos dados de radar do IPMA e teve “curta duração no tempo”.

A Proteção Civil registou 182 ocorrências em Portugal continental, entre as 00:00 e as 15:00 de hoje, devido à chuva forte e ao vento, sendo os distritos de Lisboa e de Aveiro os mais afetados.

Segundo disse à Lusa o comandante Paulo Santos, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), foram registadas "182 ocorrências, essencialmente por inundações na via pública e nas zonas periurbanas com quedas de árvores, não estando contabilizadas as referentes à cidade de Lisboa”.

A Proteção Civil alertou na segunda-feira a população para as previsões de chuva e vento durante o dia de hoje, com possibilidade de ocorrência de cheias, inundações e deslizamento de terras, principalmente nas regiões do Norte e Centro.