“Foi decidido marcar um dia de greve nacional para 15 de fevereiro para dar resposta à falta de propostas do Governo sobre os aumentos salariais na função pública”, precisou a coordenadora da Frente Comum no final de um plenário que reuniu em Lisboa dirigentes e ativistas sindicais.

Em declarações aos jornalistas no final do plenário, Ana Avoila referiu que a “greve é sempre um último recurso” na luta dos trabalhadores e adiantou esperar “que o Governo tome nota disso”.

“Pelo que temos visto nos locais de trabalho, em que o descontentamento é tão grande e a vontade de lutar por aumentos de salários ainda é maior, [acredito] que vamos ter uma grande greve, e que o Governo vai ter de fazer leituras”, precisou a coordenadora da Frente Comum.

No final do plenário, dirigentes e ativistas sindicais reuniram-se num desfile para o Ministério das Finanças.

No centro destes protestos está a proposta do Governo para atualizar a base remuneratória da função pública, que passará de 580 euros em 2018 para 635,07 euros em 2019, montante correspondente ao quarto nível da Tabela Remuneratória Única (TRU), e a ausência de uma proposta de aumentos salariais generalizada a todos os funcionários públicos.

Para Ana Avoila, “o Governo está a fazer uma falácia com a quarta posição remuneratória, porque a lei obriga-o a pôr aqueles 635 euros na primeira posição da Tabela Remuneratória Única para poder fazer a devida progressão que está prevista na lei”.

A isto acrescenta os aumentos salariais para todos, sendo que “o Governo ou resolve chegar-se à frente, como é costume dizer-se, e apresentar uma proposta para negociar e fazer aumentos de salários, ou, naturalmente, que vamos ter períodos de luta prolongados”, afirmou.

[Notícia atualizada às 17:30]