Em declarações à Lusa, Francisco José Pereira, presidente da Rotáxis de Faro, disse que os profissionais estão "insatisfeitos e frustrados", mas assegurou que vão "com certeza" manter-se em protesto até quarta-feira, dia do debate quinzenal na Assembleia da República.
Após a reunião de representantes do setor, em Lisboa, com um assessor do primeiro ministro, aquele responsável sublinhou que é preciso que António Costa nomeie um interlocutor "credível", afastando a hipótese de o mesmo ser João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente, que "fabricou esta lei".
"As nossas expetativas eram boas desde que o interlocutor não fosse o ministro do Ambiente", referiu o representante regional da Federação Portuguesa do Táxi, frisando que "com este ministro não é possível dialogar".
Questionado sobre a possibilidade de poderem vir a ser tomadas novas ações de luta, Francisco José Pereira admitiu que pode "haver um tom mais duro nas apreciações", mas "não mais que isso", porque os taxistas querem protestar "dentro da legalidade".
Os cerca de 200 taxistas continuavam hoje sob elevadas temperaturas junto aos carros que ocupam duas faixas de rodagem da Estrada Nacional 125/10, perto da rotunda junto ao aeroporto de Faro.
Segundo o representante regional da Federação Portuguesa do Táxi, na concentração no Algarve participam cerca de 200 dos 425 taxistas dos 16 concelhos da região.
Os taxistas continuam hoje com concentrações em Lisboa, Porto e Faro contra a entrada em vigor, em 01 de novembro, da lei que regula as quatro plataformas eletrónicas de transporte em veículos descaracterizados que operam em Portugal – Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé.
Os taxistas consideraram hoje a reunião com um assessor do primeiro-ministro "uma manobra de diversão", pelo que vão continuar a manifestar-se e mantém também o protesto agendado para quarta-feira junto à Assembleia da República, em Lisboa.
Os representantes do setor do táxi reuniram-se hoje à tarde com um assessor de António Costa para a área económica.
No âmbito da deslocação dos Restauradores até à Praça do Comércio estava prevista uma vigília em frente ao gabinete do primeiro-ministro, mas os taxistas decidiram regressar à Praça dos Restauradores.
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