"Vamos ter certamente um grande dia nacional de luta, que será o primeiro deste género desde o início da pandemia", disse à agência Lusa o coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Sebastião Santana.
A greve realiza-se em defesa de aumentos salariais de 90 euros para todos os trabalhadores, da valorização das carreiras, da revisão da Tabela Remuneratória Única, pela revogação do SIADAP e em defesa de melhores serviços públicos.
Segundo o coordenador da Frente Comum, a paralisação deverá sentir-se mais nas autarquias, nas escolas, nos tribunais e na segurança social.
Os professores não vão fazer greve, mas têm uma manifestação durante a manhã e vão juntar-se à concentração nacional, à tarde.
O pré-aviso de greve não abrange o setor da saúde devido ao contexto pandémico, mas Sebastião Santana espera que os trabalhadores possam participar em ações neste dia.
"Não pretendemos agravar a situação que se vive nos serviços de saúde devido à pandemia, nem sequer emocionalmente, por isso não foi emitido pré-aviso para a saúde, apesar destes trabalhadores terem as mesmas queixas, ou mais, que os restantes", disse Sebastião Santana.
Além da greve de 24 horas, o dia de luta ficará também marcado por uma concentração de trabalhadores em frente ao Centro Cultural de Belém, em Lisboa, onde deverá decorrer o Conselho de Ministros.
Segundo Sebastião Santana, deverão participar na concentração, que não será precedida de desfile, cerca de 1.000 trabalhadores de todo o país, cumprindo as necessárias regras de distanciamento social.
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