Em comunicado, o SEF adianta que “a funcionária detida no âmbito da operação havia já sido constituída arguida no âmbito de um processo crime instaurado pelo SEF e alvo de um processo disciplinar comum, devido aos fortes indícios da prática dos crimes de corrupção passiva, abuso de poder e falsificação de documentos”.
Na nota, é referido ainda que o SEF está a colaborar com a PJ no âmbito da operação.
Dezenas de pessoas, entre as quais funcionários da Autoridade Tributária, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e do Instituto da Segurança Social, foram hoje detidas na operação para desmantelar uma alegada rede criminosa de auxílio à imigração ilegal.
Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) adianta que no decurso da operação Rota do Cabo realizou dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias e deteve dezenas de pessoas suspeitas de integrarem esta estrutura criminosa.
A estrutura criminosa, segundo a PJ, era “constituída por indivíduos com vastos antecedentes criminais e com ligações a redes internacionais que determinam e controlam os fluxos migratórios irregulares com origem em diversos países da Ásia Meridional e África”.
Os detidos, com idades compreendidas entre os 28 e os 64 anos, são suspeitos da prática dos crimes de associação criminosa, auxílio à imigração ilegal, de casamento por conveniência, de falsificação de documentos, de abuso de poder, de corrupção ativa e passiva, de branqueamento, de falsidade informática e acesso indevido, atividade criminosa que permitiu obter elevados proventos financeiros.
A operação foi realizada pela PJ, através da Unidade Nacional Contra-Terrorismo (UNCT), no âmbito de inquérito titulado pela 4.ª Secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
Durante a operação foi dado cumprimento de mandados de busca e apreensão e mandados de detenção com o objetivo de “desmantelamento de uma organização criminosa responsável pela introdução ilegal em Portugal e na Europa, de milhares de imigrantes”.
Os detidos serão presentes quarta-feira ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa para primeiro interrogatório judicial.
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