A ida de elementos da PJ às instalações da instituição particular de solidariedade social (IPSS), na quarta-feira, decorreu “no âmbito de denúncias anónimas” que deram origem a “processos que correm os seus termos” no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Coimbra, adiantou.

Numa nota enviada à agência Lusa, a FAAD, presidida por Álvaro Herdade, médico do Centro de Saúde local, informou ter prestado “todos os esclarecimentos que lhe foram solicitados” pela polícia.

O conselho de administração “continuará disponível para prestar à justiça toda a colaboração e informação que lhe for pedida no normal desenrolar dos processos”, acrescentou.

Na quarta-feira, elementos da Diretoria de Coimbra da PJ realizaram buscas na instituição de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, disse hoje à Lusa uma fonte policial.

“Estamos a investigar algumas coisas, mas não é oportuno dizer o quê”, referiu.

Por indicação testamentária do patrono da FAAD, Aurélio Amaro Dinis, a escolha do presidente da fundação é da responsabilidade do presidente da Câmara local.

Em junho, o atual líder do município, José Carlos Alexandrino, que cumpre o último mandato na autarquia pelo PS, na condição de independente, reconduziu Álvaro Herdade para um terceiro mandato na presidência da Fundação Aurélio Amaro Dinis.

Há um ano, na sequência do grande incêndio de 15 de outubro, e devido à falta de médicos, as urgências do Centro de Saúde de Oliveira do Hospital foram assumidas em parte pela FAAD, que passou a assegurar esse serviço às populações durante a noite, aos fins de semana e feriados.

Esta solução foi anunciada em 31 de outubro de 2017, coincidindo com uma visita ao concelho do então ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.