
O projeto conta com um valor global de 70 mil euros e com a assistência técnica do Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, das entidades públicas empresariais (EPE), e da Universidade Fernando Pessoa, pretendendo fomentar as bases da investigação na área da oncologia.
O projeto beneficiará a totalidade da população são-tomense, especialmente os doentes oncológicos, e será gerido pelo Ministério da Saúde de São Tomé e Príncipe.
O país atravessa um período de transição demográfica e epidemiológica e os casos de cancro têm vindo a aumentar nos últimos anos, sendo responsáveis por 13% dos casos mortais.
Os três cancros mais comuns em São Tomé e Príncipe são o cancro do colo do útero, o da mama, e o da próstata.
Até agora, o atendimento dos casos oncológicos tem sido efetuado no Hospital Central Dr. Ayres Menezes, que não dispõe de um serviço de anatomia patológica, nem de oncologia, acrescenta a fundação.
Os exames têm sido feitos fora do país, o que atrasa o diagnóstico atempado e a prestação de cuidados necessários aos doentes.
A criação do laboratório é um dos resultados do projeto Onco STP da Fundação Gulbenkian, que prevê a aquisição de materiais clínicos especializados e a capacitação de profissionais de saúde como patologistas, técnicos de laboratório e outros especialistas através de estágios em Portugal e formação em contexto laboratorial e clínico.
A instituição espera que o laboratório possibilite a realização de estudos epidemiológicos sobre o cancro e que o Hospital Dr. Ayres Menezes seja futuramente integrado em redes de investigação.
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