“As atuações do jogador e do FC Barcelona não só são civilmente condenáveis (como reconheceu o Ministério Público), mas também integram negócios jurídicos criminalizados”, justificou a empresa.
Semanas após o Ministério Público ter retirado as acusações, o tribunal provincial de Barcelona ilibou Neymar e mais oito acusados por entender não existir evidência de delito, ou seja, “dano aos queixosos”, considerando que toda a acusação se baseia em “presunções” e não em “evidências”.
A DIS lamenta a “mudança de critério do Ministério Público no final do processo”, contudo recorda que este reiterou, ainda assim, as “múltiplas irregularidades que se verificaram na transferência, tanto no âmbito do direito como das normas da própria FIFA”.
A empresa pedia penas de prisão para os acusados entre os dois anos e meio e os quatro anos, bem como multas até 57,6 milhões de euros.
Além de Neymar, também os seus pais, os ex-presidentes do FC Barcelona Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu, um antigo dirigente do Santos, Odílio Rodrigues, e a empresa de gestão da carreira do jogador, estavam entre os acusados.
O FC Barcelona terá pago mais de 100 milhões na confusa operação, contudo a DIS, detentora de 40% dos direitos do atleta, recebeu somente 6,8 milhões.
“Em setembro e outubro de 2016, a quarta secção da Câmara Criminal do Tribunal Nacional emitiu dois despachos nos quais constatou graves indícios de 'simulação consciente e forjada para a prática de fraude' e de crime de corrupção entre particulares que alteraram 'mercado livre na contratação de jogadores de futebol'", refere o comunicado da DIS.
A empresa brasileira recorda que “a ação supostamente criminosa está documentada e o que aconteceu no julgamento não altera o que está provado na investigação”.
O caso foi desencadeado em junho de 2015, com a DIS a alegar que o jogador, a sua família e o Santos tinham escondido o real valor da transferência, em seu prejuízo.
A DIS pedia inicialmente uma pena de cinco anos de prisão para Neymar e uma indemnização de 35 milhões de euros, mas, após a retirada de acusações do MP espanhol, em outubro, decidiu reduzir a exigência para dois anos e meio.
Comentários