Alimentado pelas águas quentes do golfo do México, esta tempestade evoluiu rapidamente para um furacão de categoria 3 ao início da noite de ontem em Portugal, correspondente a ventos situados no intervalo entre 178 a 208 km/h.
O furacão deve atingir a costa da Flórida a meio de quarta-feira próximo da Praia da Cidade do Panamá, uma área pouco povoada, com uma série de aldeias de pesca e praias de areia branca.
Enquanto o furacão Florence levou cinco dias entre o momento em que passou a furacão e a altura em que atingiu terra, nos estados da Carolina do Sul e do Norte, o Michael vai levar apenas dois dias a chegar à Flórida.
Passou a furacão na segunda-feira e já há mais de 180 mil pessoas sob intimação para abandonarem as residências.
O governador da Florida, Rick Scott, classificou o Michael como “um furacão monstruoso” e o seu rival democrata na eleição para o Senado, o senador Bill Nelson, alertou que uma “parede de água” podia causar destruição ao longo do estado.
O Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, aprovou hoje a declaração de estado de emergência para a Flórida, o que permite que o Departamento de Segurança Nacional (DHS, na sigla em inglês) e a Agência Federal para a Gestão de Emergência (FEMA, na sigla em inglês) coordenem todos os esforços e destinar fundos federais para responder à tragédia.
Para trás, no seu percurso nas Caraíbas, o furacão já provocou 13 mortos em El Salvador, Honduras e Nicarágua, segundo as agências oficiais de resposta a situações de emergência, por quedas de telhados e arrastamento de pessoas em enxurradas, e destruição extensa em Cuba.
O Michael, cuja categoria já tinha sido elevada hoje para 2, estava ao início da noite de hoje a pouco mais de 500 quilómetros da costa do estado da Flórida, para onde se dirigia a 20 quilómetros por hora, segundo o Centro de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês).
A escala de classificação dos furacões do Centro do NHC vai de 1 a 5. A categoria 1 respeita a ventos muitos perigosos, entre 119 e 153 quilómetros horários, que produzem alguns estragos, e a 2 a ventos extremamente perigosos, entre 154 e 177 quilómetros horários, que podem causar destruição generalizada. As consequências apontadas para a categoria 3 são as de uma eventual destruição devastadora.
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