“Queremos apoiar a evolução do futebol, sobretudo nos países onde o nível de desenvolvimento não é tão acentuado quanto o de Portugal e Brasil. A ideia é que haja inter-relação entre países e diminuir as assimetrias. Como? Principalmente por via da formação”, resumiu, à Lusa, o presidente do organismo, Artur Almeida.

O dirigente, igualmente o responsável máximo da federação angolana, refere-se à formação de gestores (para clubes, associações e federações), treinadores, árbitros e assistentes administrativos, de modo a potenciar uma melhoria “uniforme” do futebol nos países mais necessitados.

“A experiência de uns servirá para outros. Para que possamos cooperar sem desequilíbrios, em igualdade e de forma harmoniosa”, sustentou.

Artur Almeida defende ainda a “criação de competições” entre as seleções, nomeadamente as mais jovens.

De momento, os membros efetivos são Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Macau, Moçambique, S. Tome e Príncipe e Timor-Leste.

Apesar de terem estado na génese da criação da UFFLP, Portugal e Brasil ainda não são membros efetivos do organismo, situação que é, alegadamente, temporária e apenas dependente de “formalismos”.

“Devem efetivar a entrada a qualquer momento. Estamos juntos, unidos nos mesmos princípios, simplesmente precisam de o validar em assembleias gerais. Certamente, estão a preparar-se nesse sentido”, garante o dirigente.

A sede da instituição é em Cascais, tendo Portugal sido a escolha natural por ser “uma placa giratória para os países lusófonos, com acessos fáceis e melhor em termos de custos operacionais”.

“Assim com a presidência é rotativa, a sede da UFFLP também o pode ser. Porém, atualmente esta é a solução ideal”, sustenta Artur Almeida.

O responsável valoriza a “grande representatividade” dos países em causa — competem na Europa, África, América do Sul e Ásia — pelo que preconiza que o financiamento e operacionalização do organismo também passam pelos contributos da FIFA, UEFA, CAF e outras instituições continentais.

“Temos a grande mais-valia de representar milhões nos vários continentes”, recorda, num ideal que deseja ver vingar “pela resiliência e ideias, com projetos transformadores com impactos diretos no futebol dos seus membros”.

Com o lema “A união faz a força”, a UFFLP pretende superar as “diferenças” entre as nações integrantes e valorizar a “irmandade” que os une.

“Viver em fraternidade, unidos, e procurar fazer com que união consiga fazer com que este desiderato aconteça. Há sempre diferença de ideias, pensamentos, mas o fundamental é atingirmos objetivo único, a melhoria do futebol e por esta via fazer saúde, educação, mudar a sociedade e vivermos bem. Por via do futebol podemos transformar as nossas sociedades e vamos fazer isso com a força da união”, concluiu.

Hoje mesmo, começa em Cascais um curso de cinco dias ministrado pela UEFA para três dirigentes de cada uma das nações envolvidas, sinal de que “a ação já começou”.

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