“Condenamos a falta de respeito pelos princípios democráticos fundamentais na Venezuela e a natureza ilegítima do processo de eleição presidencial de 2018 e seus resultados”, refere um comunicado citado pela agência de notícias espanhola EFE, subscrito pelos sete países mais industrializados do Mundo, após um encontro de dois dias, em Dinard, no oeste da França.
A Venezuela atravessa uma nova fase de tensão política desde janeiro, quando o presidente Nicolás Maduro assumiu um novo mandato de seis anos, que não é reconhecido pela oposição e por parte da comunidade internacional. Em resposta, o líder do Parlamento, Juan Guaidó, proclamou um governo interino apoiado por mais de 50 países.
Os titulares da pasta dos Negócios Estrangeiros de Estados Unidos da América, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Japão e Canadá pediram uma “transição democrática e pacífica, de acordo com os artigos da Constituição venezuelana”.
O G7 expressou ainda a sua preocupação com “os muitos alertas credíveis de sérios abusos aos direitos humanos”, e com a “crescente crise económica e as suas repercussões a nível humanitário”.
Este apelo surge no mesmo dia em que Guaidó convocou uma grande marcha como sendo a “primeira simulação” da Operação Liberdade, com a qual espera retirar Maduro da presidência, que obteve a reeleição com uma votação rotulada de fraudulenta.
Os chefes da diplomacia do G7 realçaram “que as infraestruturas do país estão a degradar-se”, pediram o acesso à ajuda humanitária e mostraram a sua preocupação “pelo envio de forças militares russas, correndo-se o risco de agravar uma situação crítica”, que já se vive na Venezuela.
No comunicado, o G7 expressou igualmente a preocupação com a situação política sentida na Nicarágua “e as violações dos direitos humanos e liberdades fundamentais atualmente cometidas”, forçando muitos cidadãos a fugir para os países vizinhos.
“Instamos o Governo da Nicarágua a promover um diálogo inclusivo de boa fé apoiado pela Comunidade Internacional, com todas as partes envolvidas, para se encontrar uma solução”, refere a nota assinada pelos sete países.
Segundo a agência de notícias francesa France-Presse, o G7 apelou também à comunidade internacional para se mobilizar “contra a violência sexual em conflitos, criando um mecanismo de alerta em caso de violação em massa como arma de guerra”.
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