Numa declaração conjunta, os ministros dos Negócios Estrangeiros do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos disseram estar “unidos na condenação, nos termos mais fortes, do envenenamento confirmado de Alexei Navalny”.
A Alemanha, onde o adversário de 44 anos está a ser tratado, “informou os parceiros do G7 que as análises clínicas e toxicológicas efetuadas por peritos médicos alemães e um laboratório especializado das Forças Armadas alemãs tinham determinado que Navalny foi vítima de um ataque com o agente químico nervoso do grupo Novichok, uma substância desenvolvida pela Rússia”, explicaram.
“Qualquer utilização de armas químicas, em qualquer lugar, a qualquer momento, por qualquer pessoa e em qualquer circunstância, é inaceitável e contrária às normas internacionais”, disseram os ministros numa declaração emitida pelos Estados Unidos, que preside ao G7 este ano.
“Nós, os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, exortamos a Rússia a usar toda a transparência total em relação à identidade dos responsáveis por este hediondo ataque de envenenamento e a levar os seus perpetradores à justiça”, insistiram, recordando os “compromissos” de Moscovo em relação à Convenção sobre Armas Químicas.
“Este ataque ao líder da oposição Navalny é outro golpe grave contra a democracia e a pluralidade política na Rússia. Representa uma séria ameaça para os homens e mulheres que defendem as liberdades políticas e civis”, acrescentaram.
O G7 promete “acompanhar de perto” a resposta da Rússia aos pedidos internacionais de explicações.
Alexei Navalny, conhecido pelos seus inquéritos anticorrupção dirigidos à elite política russa, sentiu-se mal durante uma viagem de avião em 20 de agosto e foi hospitalizado de urgência em Omsk, na Sibéria, antes de ser enviado para Berlim.
Segundo as autoridades alemãs, o principal opositor do Kremlin foi, “sem dúvida”, envenenado na Rússia por um agente neurotóxico do tipo Novichok, uma substância concebida na época soviética para fins militares e já utilizada contra o ex-agente duplo russo Serguei Skripal e sua filha Iulia, em 2018, em Inglaterra.
O Governo alemão e outros países ocidentais acusam as autoridades russas pelo crime, mas o Kremlin rejeita qualquer responsabilidade.
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