Em declarações à agência Lusa à margem da sessão de apresentação da candidatura socialista da Câmara de Cascais, a ex-ministra da Cultura considerou que "a ideia de que não há alternativa a um status quo é derrubada por aquilo a que se está a assistir no país", considerando que a governação atual do PS, apoiada parlamentarmente por toda a esquerda, "demonstra que há alternativa".
"A nossa abordagem e a nossa leitura crítica do que se passa no concelho de Cascais é de que tem que haver uma alternativa que transforme o concelho de Cascais num concelho mais coeso, em que as assimetrias sejam esbatidas, em que o sol, quando brilha no litoral, chegue até ao interior", defendeu.
Gabriela Canavilhas referiu que "há áreas que são basilares em qualquer projeto de desenvolvimento, que são a saúde, a educação e o apoio às famílias", mas identificou "uma pecha que é incontornável, que é a questão da mobilidade".
"Ligar Cascais ao resto do mundo, mas também ligar Cascais dentro de Cascais. Cascais está isolado dentro das suas próprias freguesias. Isto é incontornável como sendo uma das primeiras prioridades do ponto de vista da gestão interna de Cascais", adiantou.
Para a deputada socialista é preciso "um concelho que se desenvolva por inteiro, em que o desenvolvimento chegue a todos e não é o que está a acontecer neste momento".
"O concelho de Cascais têm um potencial enorme de desenvolvimento em vários níveis mas é extremamente assimétrico e nós socialistas não conseguimos aceitar que um concelho com esta capacidade de crescimento e com este potencial nos seus recursos endógenos, nas suas pessoas, que ainda esteja em planos de diferenciação a este nível", criticou.
Gabriela Canavilhas foi perentória ao afirmar que "o PS corre para ganhar Cascais".
"Nós queremos ganhar a Câmara de Cascais. Achamos que Cascais merece uma nova gestão na câmara e achamos que o projeto do PS é merecedor da confiança dos cascalenses", assegurou.
Para a antiga ministra, "todas as experiências de vida vão acumulando saberes e olhares diferenciados da coisa pública".
"Estou no ponto da minha vida em que estou com energia, com a experiência acumulada. É a altura certa para me dedicar a um projeto autárquico com esta amplitude e com esta importância", enfatizou.
O município de Cascais é liderado por Carlos Carreiras, ex-vice-presidente do executivo, que assumiu a presidência após a renúncia de António Capucho.
Eleito pela primeira vez em Cascais em 2001, pela coligação PSD/CDS, António Capucho sucedeu ao socialista José Luís Judas.
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