De acordo com um comunicado do ministério, controlado pela ala política do Hamas, quando as tropas de Israel tomaram o controlo do Hospital Pediátrico Al Naser e do Hospital Al Rantisi durante a ofensiva militar, ordenaram ao pessoal de enfermagem que saísse e disseram-lhes que a Cruz Vermelha Internacional estava a caminho para retirar os bebés.
“No entanto, os corpos decompostos foram encontrados nas camas quando várias pessoas conseguiram finalmente entrar no hospital na segunda-feira”, refere a nota.
O governo israelita e a ala política do Hamas chegaram a uma trégua na troca de reféns por prisioneiros que começou na passada sexta-feira e que pode expirar hoje se as duas partes não concordarem em prolongá-la.
O ministério alega que o exército israelita não assistiu os menores porque estava “demasiado ocupado a fabricar vídeos de alegadas provas na cave dos hospitais pediátricos Al Rantisi e Al Naser” para tentar provar que os principais centros de comando do Hamas estavam localizados nas caves dos edifícios.
Durante toda a ofensiva, Israel tem insistido que os hospitais são utilizados pelo Hamas para se esconder dos ataques do Exército e, por isso, são considerados alvos militares.
Israel referiu que o principal centro de comando do Hamas se encontrava sob o Hospital Al Shifa, o maior da Faixa de Gaza, uma afirmação que desvalorizou depois de ter encontrado túneis subterrâneos que continham “uma sala com casa de banho e cozinha”.
“A única coisa que puderam provar foi a sua própria depravação sem coração e falta de humanidade”, afirma o comunicado do governo do Hamas.
O ministério anunciou também o restabelecimento dos serviços de diálise no centro de Al Noura al Kaabi, pouco depois de ter feito o mesmo em Al Rantisi.
Por outro lado, denunciou igualmente que os hospitais Al Shifa, Kamal Adwan e Al Ahly ainda não receberam combustível e que os hospitais de campanha em Gaza ainda não estão a funcionar.
A falta de água e de material de higiene aumenta o risco de propagação de epidemias”, alertou.
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