O jornal the New York Times – que cita autoridades norte-americanas — noticiou hoje que os serviços de informações dos EUA estão a tentar perceber que apoio teve o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, dentro do quartel-general do exército russo para a rebelião que fez chegar as suas forças a 200 quilómetros de Moscovo.
As autoridades norte-americanas admitem a possibilidade de Prigozhin ter tido a ajuda do chefe militar das tropas russas na Ucrânia, general Serguei Surovikin, mas o Kremlin já reagiu a estas informações dizendo que não passam de especulações mediáticas.
“Há e vai haver muita especulação sobre a rebelião. Este é mais um exemplo dessa especulação”, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.
De acordo com o The New York Times, as autoridades norte-americanas também encontraram indícios de que outros generais russos também podem ter apoiado a rebelião de Prigozhin, que alegou estar a procurar uma mudança na liderança do Ministério da Defesa.
Se Surovikin tiver estado envolvido na rebelião, esta seria mais uma prova de um processo de luta interna dentro da liderança militar russa, sinalizando uma divisão mais profunda entre os partidários de Prigozhin e os principais conselheiros militares de Putin: o ministro da Defesa, Serguei Shoigu , e o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov.
O The New York Times lembra, contudo, que às autoridades norte-americanas interessa divulgar informações que minem o prestígio de Surovikin, que consideram ser o mais competente e implacável general russo na invasão da Ucrânia.
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