“Proibir sacos de plástico, apanhar lixo nas praias, reciclar, ou comprar uma garrafa de vidro, apesar de essencial, não será suficiente para conter a poluição dos oceanos. A redução dos resíduos plásticos requer políticas sistémicas e não ações pontuais”, alerta o presidente do GEOTA, João Dias Coelho, em comunicado.
É importante, por isso, “que as entidades governamentais percebam que a conservação da natureza não se faz, somente, com gestos individuais e que recursos que hoje em dia consideramos dados por garantidos, podem acabar num futuro muito próximo”.
O GEOTA recorre a um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) publicado em 2020 para indicar que 11 milhões de toneladas de plástico são despejadas todos os anos nos oceanos, o que equivale a um camião de lixo a cada minuto.
“Os atuais compromissos dos governos e da indústria apenas reduzirão a quantidade de plástico despejado no oceano em 7%, até 2040. O plástico que permanece no oceano, durante centenas de anos, não é biodegradável e a quantidade acumulada, com as atuais políticas, poderá atingir as 600 milhões de toneladas, até 2040, sendo o peso equivalente a mais de 3 milhões de baleias azuis”, esclarece o documento enviado à Lusa.
João Dias Coelho sublinha assim, que a necessidade de reduzir os resíduos plásticos, “é mais do que importante, é urgente”.
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