Segundo um comunicado da GNR, as armas foram apreendidas durante uma busca domiciliária realizada na passada quinta-feira, após uma denúncia de um familiar das vítimas.
Em declarações à Lusa, o capitão Cláudio Lopes, da GNR de Águeda, disse que a apreensão já foi comunicada às autoridades suíças.
O mesmo responsável explicou que o duplo homicida deverá responder num processo autónomo por um crime de detenção de armas proibidas.
Entre as armas apreendidas estão diversos artigos considerados material de guerra, que a GNR suspeita pertencerem ao exército suíço. “São armas antigas, mas estão todas a funcionar”, disse o capitão Cláudio Lopes.
Na habitação situada na freguesia da Branca, em Albergaria-a-Velha, de onde era natural a mulher do duplo homicida, foram apreendidas dez armas de fogo de diversos calibres, 16 sabres-baioneta, um sabre, uma arma artesanal, 1.282 munições de diversos calibres e diverso material militar.
O emigrante português, de 49 anos, que se entregou à polícia suiça na madrugada de quinta-feira, horas depois de ter matado a tiro a mulher e o filho mais velho, no prédio onde a família residia em Payerne, vai aguardar julgamento em prisão preventiva.
Segundo a edição eletrónica da Gazeta Lusófona, a não aceitação da separação está na origem do crime.
O emigrante português também não terá aceitado bem o facto de a mulher, de 42 anos, ter saído de casa com os filhos, um de 18 e outro de 13, para viver num apartamento junto à estação ferroviária de Payerne.
A separação, no seio da família portuguesa, ocorreu há cerca de mês e meio.
Depois do alerta, a polícia retirou todos os locatários do prédio e cercou o edifício, na tentativa de encontrar o homicida, apurando-se depois que já não estava no interior.
De acordo com moradores do prédio, as discussões na residência eram frequentes.
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