"Em maio e junho, o APT42 voltou-se para as contas de mensagens de uma dezena de pessoas próximas ao presidente Joe Biden e ao ex-presidente Donald Trump, incluídos anteriores e atuais funcionários do governo americano e pessoas associadas às suas respetivas campanhas", revelou uma equipa da Google responsável pela análise de ameaças online, numa publicação do blog da empresa.
O gigante tecnológico detalhou que "bloqueou numerosas tentativas do APT42 de conectar-se às mensagens pessoais dos indivíduos sob ataque", que continuam a ocorrer.
Os especialistas em cibersegurança da Google "continuam a observar tentativas fracassadas do APT42 para comprometer as contas de pessoas afiliadas ao presidente Joe Biden, à vice-presidente Kamala Harris e ao ex-presidente Donald Trump", como já tinham avisado as equipas de campanha de ambos os partidos.
Segundo eles, os hackers usam táticas bem conhecidas como tentativas de contato com os seus alvos fazendo-se passar por jornalistas, depois enviam emails do tipo "phishing" que contêm falsos links com os quais procuram ter acesso aos emails das suas vítimas.
Segundo o Google, o APT42 é um grupo de hackers associado ao Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), a força armada ideológica do Irão.
Os hackers também tentaram atacar "utilizadores de alto perfil em Israel e nos Estados Unidos", em especial funcionários governamentais e diplomáticos.
A equipa de campanha da democrata Kamala Harris disse esta terça-feira que tem sido alvo de ataques cibernéticos vindos de outros países.
Na segunda-feira, os Estados Unidos advertiram ao Irão que sofrerá consequências se tentar interferir nas eleições presidenciais, depois da equipa de Trump também ter afirmado que tinha sido alvo de ciberataques, atribuindo-os a "fontes estrangeiras".
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