Castro é suspeito de ter cometido crimes de desvio de dinheiro que seria destinado à área de assistência social quando era vereador e vice-governador do Rio de Janeiro, cargos que ocupou entre os anos de 2017 e 2020.

A investigação foi enviada pela polícia ao Superior Tribunal de Justiça (STF), responsável por analisar ações envolvendo governadores no Brasil, e aguarda a posição da Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresentará uma denúncia formal contra Castro.

A assessoria de imprensa do governo regional do Rio de Janeiro divulgou uma nota na qual informa que a defesa de Castro pedirá a nulidade do relatório e do inquérito da Polícia Federal.

“A defesa do governador Cláudio Castro está entrando com um pedido de nulidade do relatório da Polícia Federal que o indicia. Causa estranheza o fato de, em todos esses anos, o governador sequer ter sido convocado a prestar qualquer esclarecimento sobre os factos”, lê-se no comunicado.

“As informações que sustentam a investigação são infundadas e a defesa reitera que tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, em documentos que estão sob segredo de Justiça e continuam a ser vazados [divulgados], o que vem sendo contestado junto aos tribunais superiores em razão de sua absoluta inconsistência”, completou.

Castro foi acusado pelo empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva, um ex-assessor, e Bruno Selem, funcionário de uma das empresas investigadas, em acordos de colaboração que ambos fizeram com a polícia brasileira, de receber subornos de empresários ligados a projetos sociais.

De acordo com as acusações, Castro terá recebido dinheiro de verbas desviadas de contratos da Fundação Leão 13 e da Subsecretaria da Pessoa com Deficiência do Rio de Janeiro.