"São imagens muito angustiantes, um caso muito difícil. E acho que é preocupante", disse Dominic Raab à Sky News.

“As pessoas gostariam (…) de vê-la viva e de boa saúde (…) e certamente ficaríamos felizes com isso”, acrescentou.

A princesa Latifa, de 35 anos e filha do emir Mohammed bin Rashid al-Maktoum, tentou sem sucesso escapar de barco do Dubai em 2018, antes de ser levada de volta para o Dubai.

Numa série de vídeos divulgados na terça-feira, a princesa disse estar retida como "refém" numa quinta.

"Estou a gravar este vídeo numa casa de banho, porque é a única divisão que uma porta que posso trancar. (...) Sou uma refém e esta quinta converteu-se numa prisão. Todas as janelas estão fechadas com grades, não posso abrir nenhuma", diz num dos vídeos.

“Preocupo-me todos os dias com a minha segurança e com a minha vida (…) a polícia disse-me que ficarei na prisão toda a minha vida e que nunca mais verei o sol”, declarou Latifa.

Após a transmissão dos vídeos, um porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos disse à BBC que questionaria os Emirados Árabes Unidos sobre a princesa.

Dominic Raab considerou que este é o "caminho certo a seguir" e que Londres "vai seguir o assunto com muita atenção".

Em março de 2020, a justiça britânica determinou que o emir do Dubai ordenou o sequestro de duas de suas filhas, Latifa e Shamsa.

Com apenas 18 anos, Shamsa tentou fugir do pai em 2000, enquanto estava de férias na Inglaterra. Segundo o relato da irmã Latifa, a jovem foi encontrada após dois meses de fuga, tendo sido "drogada", levada de volta para o Dubai e "presa".

A justiça britânica está ainda envolvida num processo entre o emir do Dubai e a princesa Haya, irmã do rei da Jordânia (Abdullah II), que fugiu para Londres em 2019, levando os seus dois filhos.

A princesa Haya, a sexta esposa de Mohammed bin Rashid al-Maktoum, casou-se com o emir em 2004.