Carrie Lam disse que Washington daria ‘um tiro no pé’, denunciando a resposta do Governo de Donald Trump aos tumultos nos Estados Unidos contra a brutalidade policial, o racismo e a desigualdade social.
“Vimos com mais clareza nas últimas semanas os dois pesos e duas medidas que estão a ser aplicados”, disse Lam aos jornalistas.
“Você sabe que existem tumultos nos Estados Unidos e vemos como os governos locais reagiram. Já com Hong Kong, quando temos tumultos semelhantes, vemos a posição que eles adotaram”, argumentou a governante.
Desde a transferência de soberania para Pequim em 1997, a ex-colónia britânica viveu o seu maior movimento de protesto contra a tutela chinesa de junho a dezembro do ano passado.
As manifestações frequentemente terminaram em violência entre alguns dos manifestantes e as forças antimotins, que detiveram mais de nove mil pessoas.
Washington criticou, particularmente, a resposta das autoridades de Hong Kong ao movimento pró-democracia.
E na semana passada, o Presidente Donald Trump anunciou a intenção de acabar com as medidas comerciais privilegiadas concedidas a Hong Kong, em resposta a uma lei controversa de segurança nacional que Pequim deseja impor no território.
Agora, as autoridades chinesas e de Hong Kong apressaram-se a comentar os motins que se espalharam pelos Estados Unidos para justificar a repressão ao movimento pró-democracia em Hong Kong em 2019 e a lei de segurança que querem impor no território semi-autónomo.
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