Ana Cunha declarou que, para evitar a greve entre 21 e 23 de dezembro dos técnicos de manutenção de aeronaves da SATA Air Açores, foi proposto pela empresa, como contrapartida para atender às pretensões dos trabalhadores, o fim da paralisação ao trabalho extraordinário e noturno, que ainda decorre, a par da paralisação de três dias, o que não foi atendido pelos sindicatos.
A titular da pasta dos Transportes foi hoje ouvida na Comissão Parlamentar de Economia, na delegação de São Miguel do parlamento dos Açores, por iniciativa do deputado único do PPM, Paulo Estevão, sobre as consequências da greve realizada entre 21 e 23 de dezembro pelos técnicos de manutenção de aeronaves da SATA Air Açores, que querem a valorização da carreira e dos salários.
Ana Cunha referiu que os sindicatos representativos dos técnicos de manutenção de aeronaves, trabalhadores que já tinham sido alvo em 2018 de uma revisão salarial, reivindicaram, além de um acordo de empresa individualizado, um aumento salarial em valores brutos de mil euros em três anos, em detrimento de valor percentual, proposta que “não era comportável”.
A governante adiantou que a empresa tem vindo a privilegiar negociações salariais a prazo de três a cinco anos para “garantir estabilidade laboral”, a par do “menor número de irregularidades [na operação] possíveis”, o que foi “possível com outros sindicatos”.
Adiantando que o conselho de administração da SATA vai retomar as negociações, Ana Cunha reconheceu que os sindicatos representativos dos técnicos de manutenção “manifestaram a sua força” com a greve de dezembro, mas questionou a força a qualquer preço.
A responsável governamental admitiu que durante os dias de greve em dezembro de 2019 houve “diversas falhas de comunicação” com os passageiros, que “foi muito difícil”, tendo os casos mais críticos sido com passageiros das Flores e São Jorge.
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