“O Governo Regional tem confiança no conselho de administração do grupo SATA e acredita que o conselho de administração do grupo SATA tem condições para tomar as decisões que se afiguram necessárias para o futuro da companhia”, afirmou Vasco Cordeiro.
Dirigindo-se ao deputado único do PPM, que hoje interpelou o executivo açoriano sobre o “caos” na transportadora, no plenário do parlamento regional que decorre na Horta, ilha do Faial, o presidente do executivo adiantou que estão a ser tomadas diligências para concretizar uma auditoria à empresa.
“Mas isso tem que acontecer a seu tempo”, declarou o presidente do Governo dos Açores, considerando que primeiro é necessário “estabilizar” a operação e depois perceber “o que pode ser melhorado”.
Já sobre a eventual abertura do capital social da SATA Internacional, o chefe do executivo adiantou que esta matéria é “algo que o Governo Regional vem encarando já há bastante tempo”.
“Tem tido contactos com alguns interessados nessa abertura do capital social”, referiu, ressalvando existirem “premissas que são essenciais”: esta possibilidade refere-se apenas à Azores Airlines (que assegura as ligações para fora do arquipélago) e a “maioria do capital social deve continuar a ser pública”.
A este propósito acrescentou que “tendo em conta o mercado” e a concorrência que existe nos Açores, o Governo Regional entende que “é do interesse público reforçar a capacidade da Azores Airlines trazendo um parceiro estratégico”.
Vasco Cordeiro salientou que “a integridade do grupo SATA é de se manter” e, quanto à greve por tempo indeterminado decretada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, apenas disse que o plano é “respeitar, obviamente, o direito à greve e retirar as devidas consequências da situação”.
Sobre o plano de reestruturação, o chefe do executivo esclareceu que “já foi apresentado” e “está a ser trabalhado”.
Antes, Vasco Cordeiro declarou que “todos os cenários estão em cima da mesa, mas há algo que não pode deixar de ser reafirmado, solenemente, aqui, é que em qualquer circunstância o acionista da SATA [Região Autónoma dos Açores] honrará os compromissos que foram assumidos no passado, honrará os compromissos que são assumidos no presente e honrará os compromissos que eventualmente venham a ser assumidos no futuro, com fornecedores, com entidades bancárias, esses compromissos são para honrar”.
O deputado do PPM, Paulo Estêvão, justificou a interpelação, cujo debate prossegue esta tarde, com “os cancelamentos e atrasos permanentes, o bloqueio da mobilidade dos açorianos e os problemas técnicos na operação da SATA”.
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