“A iniciativa envolve vários parceiros como […] um conjunto de instituições do mundo científico, empresarial e associativo agrícola que vão, em conjunto, cooperar. O espaço físico é na estação nacional de melhoramento de plantas, [em Elvas], onde vão ser investidos 2,4 milhões de euros em termos de equipamento e melhoramento de instalações, a que se associará a contratação de um conjunto de cientistas”, afirmou o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, em declarações à Lusa.
A iniciativa é da responsabilidade do Ministério da Ciência, sendo o Ministério da Agricultura um dos parceiros envolvidos no projeto.
De acordo com o governante, o objetivo da instalação deste laboratório passa por juntar todos os intervenientes para que “sejam equacionados problemas e, a partir dessa equação, lançados projetos que deem resposta a cada um deles”.
Trata-se de encontrar soluções “para uma agricultura sustentável, mais amiga do ambiente e mais capaz de responder aos desafios”, explicou.
Por outro lado, esta iniciativa vai contribuir para a “fixação de quadros de elevada competência” no interior.
“Nós estamos confrontados com uma realidade incontornável que são as alterações climáticas, cujas consequências começam a ser percecionadas e para as quais a ciência tem que encontrar respostas”, notou Capoulas Santos.
Nesse sentido, é necessário “encontrar variedades de plantas que consumam menos água, que sejam mais resilientes às doenças […] e encontrar instrumentos que nos permitam combater pragas e doenças sem ser pelas formas convencionais, pela utilização de pesticidas e agroquímicos”, defendeu.
O responsável pela pasta da Agricultura assegurou ainda que o laboratório está “numa fase avançada” e que está agora em construção a agenda de investigação, no âmbito da qual serão contratados os cientistas.
“Gostaria de demonstrar o meu apreço por todos aqueles que trabalham na estação de melhoramento de Elvas e por todos os agricultores que têm, ao longo dos anos, contribuído para que vamos paulatinamente encontrando soluções que nos permitam responder aos grandes desafios com que o setor agrícola se defronta e que têm permitido que a agricultura portuguesa seja hoje o setor que cresce acima do resto da economia”, concluiu.
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