“O Governo está obviamente muitíssimo disponível para trabalhar este tema em toda a sua plenitude com os representantes dos trabalhadores porque acreditamos que só num processo negocial muitíssimo sério conseguiremos definir regras que sejam verdadeiramente justas”, disse Fátima Fonseca.
A declaração da nova secretária de Estado, que tomou posse a 14 de julho, substituindo Carolina Ferra, foi feita aos jornalistas, sem direito a perguntas, à margem das reuniões com as três estruturas sindicais que decorreram esta tarde no Ministério das Finanças.
Fátima Fonseca começou por sublinhar “o nível de complexidade” do tema, sobretudo “porque o período de congelamento das carreiras foi muito longo” e “as expectativas dos trabalhadores estarão seguramente elevadas”.
As progressões na carreira dos funcionários públicos estão congeladas pelo menos desde 2010.
“O processo é tecnicamente muito complexo e politicamente muito importante porque nos permite, entre outras coisas, dar um sinal muito claro de valorização dos trabalhadores e da administração pública”, sublinhou a governante.
Segundo adiantou, "este processo tem de ser alicerçado em dados sólidos numa análise crítica dos dados recolhidos e sobretudo numa análise equilibrada de regras que sejam justas".
A secretária de Estado afirmou que o desafio na negociação com os sindicatos é “encontrar a melhor forma de conciliar as expectativas e os direitos dos trabalhadores com a promoção da sustentabilidade das carreiras e com todas as outras necessidades que uma lei de OE tem que abordar”.
“Procuraremos em conjunto, não apenas ouvir os representantes dos trabalhadores, mas verdadeiramente dialogar, debater e construir as soluções em conjunto”, declarou Fátima Fonseca.
Segundo destacou a governante, a negociação em torno do OE2018 “não se reduz ao tema do descongelamento”, acrescentando que haverá “um conjunto mais amplo de medidas” que o Governo divulgará a seu tempo.
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