“Considerando o contexto interno em que o país se encontra e a crescente tensão regional e perigo securitário, desaconselham-se em absoluto todas e quaisquer viagens ao Irão”, lê-se num aviso publicado no Portal das Comunidades Portuguesas.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros recomenda ainda aos portugueses que se encontram no Irão que, “em podendo, se ausentem do país até que situação regresse a um clima de menor risco”.
“Os cidadãos portugueses que se encontrem no país deverão abster-se imperiosamente de participar em qualquer tipo de manifestação ou ajuntamento e afastar-se de ruas e zonas em que decorram”, alerta o Governo, desaconselhando também “em absoluto aos cidadãos portugueses que se encontrem no país qualquer viagem à província do Sistão-Baluquistão, assim como deslocações junto às fronteiras do Afeganistão e do Iraque”.
Também devem ser evitadas as regiões que fazem fronteira com a Arménia e o Azerbaijão, em particular junto ao território do Nagorno-Karabakh.
O Ministério lembra que nestas situações existe sempre possibilidade de encerramento do espaço aéreo do Irão ou cancelamentos de voos por parte de muitas companhias e que as comunicações para fora do país se encontram restringidas e as redes sociais bloqueadas.
É também desaconselhado o registo fotográfico ou de outro tipo, em particular em qualquer zona evidentemente não-turística.
“Os cidadãos nacionais que se encontrem em território iraniano devem comunicar a sua presença para o correio eletrónico da Secção Consular Embaixada de Portugal em Teerão sconsular.teerao@mne.pt, dando nota do respetivo itinerário e dos seus contactos de emergência”, refere a mesma nota.
Este aumento súbito das tensões entre Israel, o Irão e os seus aliados regionais segue-se ao assassínio reivindicado por Israel do chefe militar do Hezbollah, Fouad Chokr, e à morte em Teerão do líder político do Hamas, Ismaïl Haniyeh, num ataque atribuído a Israel.
Vários países, entre os quais França, Estados Unidos e Reino Unido, pediram aos seus cidadãos que abandonassem o Líbano neste fim de semana, por receio de um agravamento do conflito entre Israel e o Hezbollah.
O Hezbollah apoia o Hamas palestiniano, que tem a sua base em Gaza e está em guerra com Israel desde o seu ataque sem precedentes contra o Estado judeu, em 7 de outubro.
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