“Vai ser assumido, em Conselho de Ministros, o passo necessário para autorizar a obra, nas próximas semanas”, assegurou o ministro, em Évora, quando questionado pelos jornalistas sobre se o projeto ainda poderia avançar nesta legislatura.

Nelson de Souza lembrou que “já está em marcha o financiamento do arranque” do Hospital Central do Alentejo, graças à “decisão” tomada pelo Governo, que assegurou uma verba inicial de 40 milhões de euros, “no âmbito da reprogramação” dos fundos comunitários.

O governante falava aos jornalistas no final de uma reunião do Conselho Regional do Alentejo, que decorreu na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).

Questionado pela agência Lusa sobre o restante investimento necessário para a construção do novo hospital, o ministro evocou já ter sido dito pelo Governo que, “na continuidade do projeto, ver-se-ia como seria assegurada a continuidade do financiamento”.

“Se for possível assegurar e continuar a assegurar através dos fundos estruturais tanto melhor”, mas, “se não for possível”, a verba necessária será conseguida “através dos meios normais do Orçamento do Estado”, assumiu.

O grupo de trabalho responsável pela preparação do lançamento do concurso para a empreitada da futura unidade hospitalar entregou ao Governo, em maio último, a "informação técnica relativa ao projeto para construção".

"Os documentos técnicos remetidos serão analisados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e, após conclusão desta fase, será dada a sequência prevista à concretização deste investimento", referiu então à Lusa fonte da tutela, sem indicar uma data concreta para o lançamento do concurso.

No dia 11 de janeiro deste ano, o Governo apresentou o projeto de financiamento do novo Hospital Central do Alentejo, numa cerimónia no edifício do atual Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE).

Na sessão, a presidente do conselho de administração do HESE, Filomena Mendes, revelou que o concurso para a empreitada seria lançado até maio deste ano e apontou que o novo hospital estaria pronto a começar a funcionar até dezembro de 2023.

Os 40 milhões já assegurados para a empreitada são fundos comunitários do programa Portugal 2020, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

O novo hospital, a construir na periferia de Évora, vai ter um edifício que ocupará uma área de 1,9 hectares e que terá uma lotação de 351 camas em quartos individuais, que pode ser aumentada, em caso de necessidade, até 487 camas.

A futura unidade hospitalar vai dar resposta às necessidades de toda a população do Alentejo, com uma área de influência de primeira linha que abrange cerca de 200 mil pessoas e, numa segunda linha, mais de 500 mil pessoas.

Um total de 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para atividade de ambulatório e dois para atividade de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro são algumas das valências.