As autoridades gregas acusaram a rede de divulgar notícias falsas com o objetivo de "minar o moral daqueles que lutam para reduzir as consequências de uma catástrofe sem precedentes", referindo-se ao fogo que já provocou 82 mortes e 187 feridos, 11 destes em estado crítico, nos últimos dias.

"A Skai mostrou que continua fiel à sua tradição de provocação. Não vamos acompanhá-la neste caminho", acrescentou o Executivo num comunicado.

Os dois partidos da coligação do Governo, o Syriza (esquerda) e os nacionalistas Gregos Independentes uniram-se ao boicote.

O partido do primeiro-ministro anunciou que a "Skai pode continuar o seu trabalho de propaganda e difamação contra o Governo, o Syriza e a esquerda, mas sem a presença de seus representantes e dos seus deputados" nos noticiários da cadeia de televisão.

A estação, entretanto, disse que exerce "a sua missão de um jornalismo profissional e objetivo (…). Os cidadãos sabem quem faz bem o seu trabalho e quem se dedica a uma propaganda miserável".

A cadeia de televisão sublinhou que o comunicado do Governo "mostra onde pode levar a incapacidade de gerir uma grande crise".

A Skai, um dos canais de televisão mais populares, sempre foi muito crítica em relação ao Syriza e, desde janeiro de 2015, ao Governo liderado por Alexis Tsipras.

A gestão dos incêndios pelo Corpo de Bombeiros e Proteção Civil já provocaram críticas de especialistas.

A maior crítica vai para os líderes dos bombeiros porque, embora sabendo de antemão que havia um alto risco de incêndios florestais na Ática, a região da capital grega, não trouxeram reforços do resto do país, significando que não puderam agir efetivamente quando dois incêndios foram declarados.